sexta-feira, 14 de novembro de 2008

MEDITANDO SOBRE O EVANGELHO DE HOJE

Vocês serão perseguidos

Enviando os doze apóstolos em missão, Jesus lhes fala sobre as possíveis tribulações por que passarão. O compromisso com Jesus é fundamentalmente fonte de alegria, comunicação e felicidade. Contudo não ficam excluídas as perseguições que poderão ocorrer a partir dos poderosos que temem a libertação dos oprimidos. Na proclamação das bem-aventuranças, na abertura do Sermão da Montanha, Jesus já anunciara a bem-aventurança dos que são injuriados e perseguidos por causa da justiça.
O diácono Estevão é uma testemunha de fidelidade a Jesus. Estevão, oriundo do judaísmo helênico, foi escolhido pelos líderes da comunidade cristã de Jerusalém, como "diácono", para serviços às viúvas, em um nível subalterno ao dos apóstolos. Contudo, por sua coerência é o primeiro mártir, bem-aventurado pela fome e sede de justiça. À semelhança de Jesus, denunciando as injustiças do sistema do Templo de Jerusalém e da Lei, representado pelos chefes religiosos do judaísmo, foi morto por apedrejamento.





Oração
Espírito de coragem perseverante, nas adversidades da vida, vem em meu auxílio, e ajuda-me para que não arrefeça a minha adesão a Jesus e ao Reino.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

SAO DOMINGOS DE GUSMÃO

FUNDADOR DA ORDEM DOS PREGADORES (DOMINICANOS) - OP



Domingos (ou Dominique) nasceu no ano de 1170, em Caleruega, pequena localidade na Velha Castelha. O pai, Félix de Gusmão, pertencia a uma família de alta linhagem na Espanha; a mãe era Joana de Aza. Antes de Domingos nascer, sua mãe, em sonho misterioso, viu um cão que trazia na boca uma tocha acesa, de que irradiava luz sobre o mundo inteiro. Efetivamente, São Domingos veio a ser uma luz extraordinária de caridade e de zelo apostólico, que dissipou grande parte das trevas das heresias e restabeleceu a verdade em milhares de corações vacilantes. Domingos, foi o nome dado à criança, devido à uma devoção que a mãe do santo tinha com São Domingos de Silos, do qual um dia teve uma aparição, comunicando-lhe os planos divinos em referência ao recém-nascido. A esse aviso extraordinário, os pais corresponderam com esmerada atenção na educação do filho. Domingos, pequeno ainda, deu provas de inclinação declaradíssima às coisas de Deus.

Seis anos contava o menino, quando os pais o confiaram à direção de um tio, reitor de uma igreja em Gumyel. Sete anos passou Domingos na escola daquele sacerdote, aprendendo, além das primeiras letras, como sejam, acolitar, enfeitar os altares e cantar no coro. Terminado este curso prático, transferiu-se para Valência, cidade episcopal no reino de Leon, onde existia uma universidade que mais tarde, em 1217, passou para Salamanca.

Durante o tempo dos estudos em Valência, isto é, durante seis anos, dedicou-se à arte retórica, além da filosofia e teologia. Acompanharam-lhe os trabalhos científicos às práticas da piedade, inclusive, severas penitências. Retraído por completo do mundo, visitava somente os pobres e doentes, protegia as viúvas e órfãos. Por ocasião de uma grande fome, vendeu os livros para poder socorrer os necessitados. Certa vez, ofereceu sua própria pessoa para resgatar um jovem que caira nas mãos dos mouros.

A caridade de Domingos, não satisfeita com as obras corporais de misericórdia, estendia-se principalmente às necessidades espirituais do próximo. Para este fim, desenvolveu um zelo extraordinário, como pregador. O primeiro fruto deste labor apostólico, foi a conversão do amigo e companheiro dos estudos, Conrado, que mais tarde entrou para a ordem de cister, elevado posteriormente à dignidade de Cardeal da Santa Igreja.

Domingos contava apenas vinte e quatro anos e era considerado um dos mais competentes mestres da vida interior. Dom Diego de Asebes, bispo de Osma, conhecendo os brilhantes dotes de Domingos, convidou-o a incorporar-se ao cabido da diocese, esperando desta aquisição uma reforma salutar do clero. O prelado não se viu iludido nas suas previsões. Domingos em pouco tempo, foi objeto da admiração de todos, como modelo exemplaríssimo em todas as virtudes cristãs.

Como cônego de Osma, Domingos percorreu diversas províncias da Espanha, pregando por toda a parte a palavra de Deus, pela conversão dos pecadores, cristãos e maometanos. Uma das conversões mais sensacionais que Deus operou por intermédio de Domingos foi a de Reiniers, célebre heresiarca, que mais tarde tomou o hábito dos frades dominicanos.

Domingos não era ainda sacerdote. Do bispo de Osma recebeu a unção sacerdotal, continuando depois a missão apostólica de pregador. Quando em 1224, por ordem do rei Afonso de Castelha, o bispo de Osma foi à França na qualidade de embaixador real, a fim de tratar dos negócios matrimoniais do príncipe herdeiro Fernando, com a princesa de Lussignan, Domingos acompanhou-o. Na província de Languedoc, puderam de perto observar as horríveis devastações feitas pelos albingenses. Numa segunda viagem que empreenderam, cujo fim era buscar a princesa e entregá-la ao esposo, tiveram o grande desgosto de não a encontrar entre os vivos. Chegaram ainda a tempo de assistir-lhe ao enterro.

Preferiram, então, ficar na França, para dedicar-se à campanha contra os hereges. O bispo Diego, com o consentimento do Papa, ficou três anos na província de Languedoc. Passado este tempo, voltou à diocese.

A São Domingos, que foi nomeado superior da Missão, associaram-se doze abades cistercienses. Pouco tempo, porém, durou o trabalho coletivo. Dom Diego voltou à Espanha, os cistercienses retiraram-se para os seus claustros e o próprio Legado pontifício abandonou o solo francês.

Domingos não desanimou apesar da missão ter-se-lhe tornado dificílima e perigosa. Com mais oito companheiros que lhe foram mandados, continuou os trabalhos apostólicos. A inconstância, porém, que encontrou nos coadjutores, fez nele amadurecer a idéia de fundar uma nova Ordem, cujos membros, por um voto, se dedicassem à obra da pregação. Os primeiros que se lhe associaram foram Guilherme de Clairel e Domingos, o Espanhol. Em 1215 a nova comunidade contava já dezesseis religiosos, com seis espanhóis, oito franceses, um inglês e um português. Para assegurar-se da aprovação pontifícia, Domingos em companhia do bispo de Toulouse foi à Roma e apresentou-se ao Papa Inocêncio III. Coincidiu ele chegar à capital da Cristandade na abertura do Concílio de Latrão. Opinaram os padres que em vez de aprovar as regras de novas ordens, devia o Concílio dirigir a atenção para as Ordens já existentes e aperfeiçoar-lhes as constituições. Inocêncio III, baseando-se nestas decisões, negou-se, por diversas vezes, em dar aprovação à regra da Ordem fundada por Domingos. Aconteceu, porém, que o Papa teve uma visão, quase idêntica à que lhe fez aprovar a Ordem de São Francisco de Assis, em 1209. Não querendo contrariar a obra do santo homem, deu consentimento à fundação da Ordem, prometendo a Domingos expedir a bula, logo que este tivesse adotado uma regra de ordem já aprovada pela Igreja. Domingos decidiu-se em favor da regra de Santo Agostinho, à qual acrescentou mais algumas constituições, como por exemplo, o silêncio, o jejum e a pobreza.

Quando Domingos, pela segunda vez chegou à Roma, já não encontrou o Papa Inocêncio III, mas o sucessor deste, Honório III. Contrariamente ao que receava, obteve a aprovação da ordem, que veio a ser chamada Ordem dos Pregadores. Nomeado o primeiro superior, fez a profissão nas mãos do Papa.

Graças à generosidade do bispo de Toulouse e do conde Simão de Montfort, Domingos pode construir o primeiro convento em Toulouse. O número dos religiosos crescera consideravelmente, de modo que Domingos pode introduzir em a novel comunidade e regra recém-aprovada.

Pouco tempo depois, Domingos voltou à Roma e fundou diversos conventos na Itália. Em Roma, conheceu São Francisco de Assis, a quem se ligou em íntima amizade. Em 1218 foi a Bolonha fundar um convento, perto da Igreja de Nossa Senhora de Mascarella. Um ano depois, teve Domingos a satisfação de fundar outro na mesma cidade, sendo que este, tempos depois, veio a ser um dos mais importantes da Ordem na Itália.

O exemplo de São Francisco de Assis e o admirável desenvolvimento da Ordem por ele fundada, influiu grandemente no espírito de são Domingos. Como o Patriarca de Assis, introduziu S. Domingos na sua ordem o voto de pobreza em todo o rigor.

São Domingos convocou três capítulos gerais e teve o prazer de ver a Ordem se estabelecer na Espanha, em Toulouse, na Provença e na França toda. Conventos surgiram na Itália, Alemanha e Inglaterra. O próprio fundador mandou emissários à Irlanda, Noruega, Ásia e Palestina.

São Domingos morreu no dia 06 de agosto de 1221, na idade de 51 anos. Numerosos milagres por seu intermédio Deus se dignou de fazer. O Papa Gregório IX inseriu-lhe o nome no catálogo dos Santo, em 23 de julho de 1234. Muito concorreu para o culto de S. Domingos na Igreja Católica, a devoção do Santíssimo Rosário, de quem era grande Apóstolo.

A Ordem dos pregadores deu à Igreja, muitos Santos, entre estes o grande São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santa Catarina de Siena, São Vicente Ferrer, o Papa Pio V.

Reflexões

As grandes virtudes que admiramos em S. Domingos devem ser para nós incentivos de imitá-lo. A virtude que mais caracteriza a vida desse grande santo é o zelo, não só de preservar a alma de todo o pecado, como também salvar a alma do próximo. Vendo uma alma em perigo de perder-se, era para Domingos uma preocupação séria.

Se tivéssemos um pouco desse zelo apostólico a miséria espiritual do próximo não nos deixaria tão indiferentes. Antes de tudo, porém, devemos cuidar da nossa própria alma. Nossa alma é imortal, destinada a gozar da eterna felicidade em Deus. Se não alcançar esta felicidade terá por sorte o desespero eterno. Os anos que vivemos aqui na terra são o começo da vida espiritual na eternidade. Se nossa alma é eterna e imortal, nossa felicidade não pode estar baseada nos bens deste mundo, que hoje existem e amanhã nenhum valor terão.

No dia em que nosso corpo for levado para o repouso eterno, o mundo perderá para nós toda a importância e bem depressa, será apagada a memória da nossa existência. Riqueza, honra, elogios, calúnias e escárnios – tudo passa, mas a alma ainda existirá! Tolice é, pois, dar ao mundo uma importância que não tem; prestar-lhe honras e atenções que não merece. A alma é que merece todo o nosso cuidado. O mundo passa, a alma fica. Servir a Deus e tratar de santificar-se é o verdadeiro fim do homem na terra. Tolo é aquele que põe em jogo a eternidade; tolo é aquele que cuida de tudo, menos da eternidade. Se os santos pudessem ter um pesar, seria sem dúvida, o de não ter aproveitado ainda melhor o tempo da vida aqui na terra para servir a Deus. Entra, sem demora, nas pegadas dos santos e põe tua vida toda inteiramente ao serviço de Jesus Cristo.

AS QUATRO VELAS DO ADVENTO

Liturgicamente, o tempo do Advento (do latim adventus = chegada) corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal. As quatro velas representam essas quatro semanas e serão acesas, uma a uma, desde o primeiro domingo do Advento até o quarto domingo, sucessivamente. Via de regra as cores das velas devem corresponder à cor do tempo litúrgico - roxa -, diferenciando-se a terceira vela - rosa - como alegre preparação para a vinda do Senhor.

Neste sentido, relembramos que as vestes litúrgicas devem ser de cor roxa, como sinal de nossa conversão em preparação para o Natal, com exceção do terceiro domingo, onde o rosa substitui o roxo, revelando o Domingo da Alegria (ou Domingo Gaudette). O Advento deve ser tempo de celebração onde a sobriedade e a moderação são características peculiares da liturgia, evitando-se antecipar a plena alegria da festa do Natal de Jesus. Por isso, neste período não se entoa o "Glória" e nossos passos, nesse recolhimento, seguem em direção ao sublime momento do nascimento de Jesus.

AS QUATRO VELAS

Rito - Na celebração eucarística, um pequeno rito pode ser colocado no início da celebração, liturgia da palavra ou qualquer outro momento conforme o designar o celebrante. O acender das velas, normalmente é aberto com a bênção das velas, canto e oração própria. Seria também muito próprio fazer, em nossas casas, uma breve oração e acendimento das velas nos Domingos que antecedem o natal.

1º Domingo do Advento - Acende-se a PRIMEIRA VELA

A luz nascente nos conclama a refletir e aprofundar a proximidade do Natal, onde Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a humanidade. Lembra ainda o perdão concedido a Adão e Eva. A cor roxa nos recorda nossa atitude de vigilância diante da abertura e espera do Senhor que virá.

Oração:

A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!



2º Domingo do Advento - Acende-se a SEGUNDA VELA

A segunda vela acesa nos convida ao desejo de conversão, arrependimento dos nossos pecados e também o compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá. Esta vela lembra ainda a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.

Oração:

A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

3º Domingo do Advento - Acende-se a TERCEIRA VELA (Rosa)

A terceira vela acesa nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada de Jesus. A cor litúrgica de hoje, o rosa, indica justamente o Domingo da Alegria, ou o Domingo Gaudette, onde transborda nosso coração de alegria pela proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria.

Oração:

Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto"

4º Domingo do Advento - Acende-se a QUARTA VELA

A quarta vela marca os passos de preparação para acolher o Salvador, nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vêm a este mundo e também os ensinamentos dos profetas, que anunciaram a chegada do Salvador.

Oração:

Céus, deixai cair o orvalho, nuvens, chovei o justo; abra-se a terra, e brote o Salvador!

O TERÇO

Não há uma data precisa sobre a origem do Rosário. Em linhas gerais, remonta já os primeiros séculos da Igreja primitiva e foi tomando forma nos mosteiros católicos até o século 10, quando inciou expansão mais acentuada. O Rosário de 150 ave-marias, teria originado-se a partir de relatos populares de um monge que costumava rezá-lo desta forma e, o nome "terço" popularizou-se por representar, como o nome diz, a terça parte do total das 150 ave-marias, ou propriamente do Rosário. Vale lembrar que, a segunda parte da Ave-Maria ("Santa Maria, Mãe de Deus"), foi introduzida na oração por ocasião da vitória sobre a heresia nestoriana, deflagrada no ano de 429. O bispo Nestório, Patriarca de Constantinopla, afirmava ser Maria mãe de Jesus e não Mãe de Deus. O episódio tomou feições tão sérias que culminou no Concílio de Éfeso convocado pelo Papa Celestino I. Sob a presidência de São Cirilo (Patricarca de Alexandria), a heresia foi condenada e Nestório, recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou sendo excomungado. (Leia o artigo XVI do livro Oriente para saber mais sobre a heresia nestoriana - http://www.paginaoriente.com/livro/artigoxvi.htm )

Conta-se que no dia de encerramento do Concílio, onde os Padres Conciliares exaltaram as virtudes e as prerrogativas especiais da VIRGEM MARIA, o Santo Padre Celestino ajoelhou-se diante da assembléia e saudou Nossa Senhora, dizendo: "SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém." Na continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de Jesus segundo São Lucas 1,26-38 "Ave cheia de graça, o Senhor está contigo!" e também, a outra saudação que Isabel fez a Maria, para auxiliá-la durante os últimos três meses de sua gravidez: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre." (Lucas1, 42) Estas três saudações deram origem a AVE MARIA.

A difusão e posterior expansão do Rosário a Igreja atribui à São Domingos de Gusmão (século XII), conhecido como o "Apóstolo do Rosário", cuja devoção propagou aos católicos como arma contra o pecado e contra a heresia albigense , que assolava Toulose (França).

O terço que consiste em 50 ave-marias intercaladas por 10 padre-nossos se mantém desde o pontificado do Papa Pio V (1566-1572), que deu a forma definitiva ao terço que conhecemos hoje (O Papa era religioso da Ordem de São Domingos). Quanto às meditações, ressaltamos, porém, que até o ano de 2002, cada Rosário, que era composto de três terços (150 ave-marias) passou a ser composto de quatro terços (portanto, 200 ave-marias no total). Foi quando o Papa João Paulo II inseriu aos mistérios existentes ( gozosos, dolorosos e gloriosos), os mistérios "luminosos" que retratam a vida pública de Jesus.

O Papa João Paulo II, devototíssimo de Nossa Senhora e talvez um dos maiores Papas marianos da história, inaugurou uma nova era de devoção a Maria, dando especial atenção à forma física e contemplativa do Rosário ao inserir a meditação desta importante fase da vida de Jesus, ou seja, a contemplação dos mistérios luminosos.

A devoção ao Santo Rosário sempre foi renovada e enaltecida Romanos Pontífices, como vemos na vida dos Papas e na história da Igreja. Grande tesouro de fé, em síntese, guarda assim as meditações dos mistérios:

1 - GOZOSOS - Anunciação do Anjo à Nossa Senhora até Jesus, entre os doutores da lei
2 - LUMINOSOS - Batismo de Jesus no Jordão até a Instituição da Eucaristia
3 - DOLOROSOS - Agonia de Jesus no Horto até a sua crucificação e Morte
4 - GLORIOSOS - Ressurreição de Jesus até a Coroação de Nossa Senhora como Rainha dos Céus e da Terra

OS DEZ MANDAMENTOS

Durante o reinado de Ramsés II, Moisés leva os hebreus para fora do Egito (entre os anos de 1292 - 1225 a.c. ). Os Hebreus, estabelecidos no delta do Nilo, depois da morte de José, tiveram que suportar o jugo dos egípcios. Deus chama Moisés e revela-se a ele primeiro na sarça ardente, chamando-o a uma grandiosa missão, ou seja, libertar o povo eleito da escravidão. Moisés torna-se chefe do povo oprimido e combate, sob a guia divina, os poderes do mundo. Depois de ter libertado o seu povo, Deus o conduziu através das águas (travessia do Mar Vermelho) e através do deserto. No monte Sinai, Deus proclama a aliança com seu povo: "Se obedecerdes à minha voz e guardardes a minha aliança, sereis, entre todos os povos, o meu povo em particular.... Sereis uma nação consagrada" (ÊX 19, 5-6). Ali, Moisés recebe as Tábuas da Lei (Decálogo), que foram escritos com o próprio dedo de Deus: "Tendo o Senhor acabado de falar a Moisés sobre o monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus" (ÊX 31, 18). Entretanto, o povo, vendo que Moisés tardava em descer a montanha, fraco e incrédulo, fez para sua imagem um bezerro de ouro, usando os brincos dos homens e mulheres, que foram fundidos e moldados naquela forma. Construíram um altar e passaram a adorá-lo. O Senhor então disse à Moisés: "Vai, desce, porque se corrompeu o povo que tiraste do Egito" (ÊX 32, 7). Moisés cumpriu a ordem e ao ver o bezerro de ouro, com grande cólera arrojou de suas mãos as tábuas e quebrou-as aos pés da montanha. Conclamou o povo dizendo: "Vinde a mim todos os que são pelo Senhor". Todos os filhos de Levi juntaram-se em torno dele. Mandou que rodeassem o acampamento e matassem todos os parentes corrompidos. Eles cumpriram a ordem de Moisés e naquele dia cerca de três mil homens pereceram à espada. Moisés disse: "Vou subir hoje ao Senhor; talvez obtenha o perdão da vossa culpa". Subindo ao monte, Moisés ouve de Deus diversas admoestações dirigidas ao povo de cerviz dura. Os israelitas, ouvindo as palavras retransmitidas por Moisés, puseram-se a chorar e arrependidos, despojaram-se de seus enfeites. O Senhor disse à Moisés: "Talha duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras: escreverei nelas as palavras que se encontram nas primeiras que quebraste" E assim foi feito. Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras:



(Compêndio)

1. Amar a Deus sobre todas as coisas. (*)




2. Não tomar seu santo nome em vão.

3. Guardar Domingos e dias santos. (*)

4. Honrar pai e mãe.

5. Não matar.

6. Não pecar contra a castidade.

7. Não furtar.

8. Não levantar falso testemunho.

9. Não desejar a mulher do próximo.

10. Não cobiçar as coisas alheias

(*) OBSERVAÇÕES

A transferência da observância do Sábado para o Domingo remonta a Igreja primitiva, quando foi escolhido, ainda nos tempos apostólicos, o dia da Ressurreição de Cristo como o "dia do Senhor" . O dia depois do Sábado tornou-se , assim, o seu dia de reunião, de celebração da Eucaristia e mais tarde, do descanso festivo. O dia depois do Sábado era o primeiro dia da semana, ou seja, "primeira-feira" , que passou a denominar-se então como o "Dies Dominica", ou seja, o "Domingo". Esta referência ao Domingo é clara no capítulo 1, versículo 10 do Livro do Apocalipse. Diversas outras referências encontramos no Novo Testamento com respeito às celebrações mencionadas. Em atos , cap 20, 7, onde se acha: "Ora, tendo-se, no primeiro dia da semana, reunidos os discípulos a partir o pão...", constata-se que não só as missas, mas outras celebrações eram realizadas nos Domingos.

Sobre a observância do Sábado, Jesus, inclusive, retruca com os fariseus: "o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado" e ainda "o Filho do homem é Senhor também do Sábado" (Mc 2, 23). Jesus aboliu o Sábado e permitiu que o Domingo tomasse o seu lugar. Assim o Terceiro Mandamento não foi adulterado, mas sim alterado, e isto ocorreu em cumprimento das Escrituras. A queda do Sábado encontra-se prescrita na profecia feita por Deus ao povo judeu, dizendo-lhe que repudiando-o, havia de tirar-lhe o Sábado: "E farei cessar todos os seus cânticos de alegria, os seus dias solenes, as suas luas novas (pelas quais mediam o tempo), o seu sábado e todas as festas do ano." Isto consta no Livro de Oséias, capítulo, 2 versículo 11, intitulado de "castigo da esposa infiel". A esposa infiel do Antigo Testamento são os judeus, que não aceitaram Cristo como o Messias. A esposa de Cristo, agora, é a Igreja Católica, edificada sobre a Rocha: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela"

Assim, neste particular, quando na catequese ensinamos as crianças, aplicamos já os preceitos contidos na Primeira Aliança (Antigo testamento) com relação ao Dez Mandamentos, porém compendiados, ilustrando-se o Domingo com base na Segunda Aliança (preceitos do Novo Testamento sobre o novo dia consagrado ao Senhor) . Aliás, o próprio Jesus perfeitamente os compendiou, já prevendo as dificuldades que seriam impostas por fariseus modernos. Ele mesmo disse: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente. Este é o primeiro e o maior dos Mandamentos. E o segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Nestes dois mandamentos se resumem toda lei e os profetas."

Vale aqui ressaltar o complemento do 1º. Mandamento, onde consta na sua forma não compendiada: "Não terás outros deuses diante de ti... Não farás para ti escultura... Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto" ( resumido por Jesus somente como Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração.... - parágrafo anterior); é óbvio que tal proibição refere-se à representações simbólicas de Deus ou de objetos a que se atribuem forças sobrenaturais. O que Deus proíbe não é a confecção de Imagens religiosas, mas sim objetos de adoração ou veneração, ou seja, a idolatria. Indo um pouco além, o respeito às imagens tem para o católico não a imagem como objeto, mas a pessoa por ela representada, isto é, Nosso Senhor, Nossa Senhora e os Santos. Eis o abismo a separa a IMAGEM de um ÍDOLO. O próprio Deus, no Antigo Testamento, mandou Moisés fazer uma serpente de bronze, que foi colocada num suporte e vendo-a, os hebreus ficavam curados de suas feridas. Esta IMAGEM da serpente era prefigurativa de Jesus pregado na cruz: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo o homem que nele crer, tenha a vida eterna" (Jo III,14s). Além disso, Deus determinou a Moisés fazer dois querubins para cobrirem o propiciatório: Êx XXV, 18s. Salomão mandou fazer também querubins e outras figuras várias, entre as quais leões e bois: I Re VII, 29. Imagens, não ídolos! (Caso queira mais artigos sobre o assunto, consulte o tópico imagens na Igreja, em nossa página principal ou o artigo I do livro "Oriente").

Orações dos nossos Avós

Oração da Manhã



Da minha casa vou sair, minha vida governar tantos anjos me acompanham como passos eu vou dar, Deus comigo e eu com Deus, Deus a frente e eu atrás, Virgem Santíssima me defenda das astúcias de Satanás.



Rezar um Pai-nosso e uma Ave-maria



Oração da Noite





Eu me entrego a Jesus a Santíssima Cruz ao Santíssimo Sacramento as três relíquias que estão dentro das três missas do Natal, que não me aconteça nenhum mal Maria Santíssima seja sempre comigo o anjo da minha guarda me guarde e me livre das astúcias de Satanás.



Rezar um Pai-nosso e uma Ave-Maria